Durante este ano de 2016 venho aprendendo a montar um quebra cabeças enorme que se chama Casa 12. Submergi nessa casa escura, cheia de segredos, mentiras contadas, ilusões e confusões.... Mais conhecida como o hospital psiquiátrico ou exílio. É nela onde descobrimos o que vai além, que se esconde atrás do véu "o inconsciente". É quando questionamos nossa existência, quem somos, nosso inimigo maior - nós mesmos. É nela que nos encontramos ou nos perdemos de vez. Quando visitamos essa casa alguns assuntos vem a tona, como o mistério da vida, das conexões, das pessoas que passam na nossa vida por exemplo as que ficam, as que partem, as verdadeiras, as falsas, as que precisam ser internadas, as que ainda nem se acharam, as que precisam de nossa ajuda....
Como eu naturalmente não pertenço a essa casa (sem planeta na casa 12), posso lhes garantir que vem sendo uma experiência bem dura, que me traz um sofrimento jamais sentido, de inadequação e não pertencimento. Me sinto literalmente uma estranha no ninho, muito, pois não me reconheço. O lado positivo é que sei que é passageiro.
. Essa experiência me trouxe o entendimento do quão desafiador é pra aquele que tem o Sol, ou a Lua, ou um Stellium nessa casa. Desafiador de fato para enxergar a realidade como ela é: nua e crua, se livrando assim das "estórias que se contam para si mesmo" ou do escapismo quase que inevitável. 
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