domingo, 16 de janeiro de 2022

Enquanto eu gritava, o bando de surdos caminhava…

Uma vez experienciei a solitude e achei que era a solidão. Ah quanto engano meu… E pq? Pq eu escolhi estar naquela condição, naquele momento, e eh claro que em algum momento ou outro dentro daquela solitude que eu experienciava havia tbm momentos de solidão, mas que foram muito breves. Agora mesmo, venho de um processo super, mega, blaster profundo de solidão, onde fui puxada pra águas turvas, onde me deparei com redemoinhos e correntezas, td junto e misturado, e quase ao mesmo tempo pra pontos cujos quais eu nunca havia nadado. Ah! lembrando que eu não sei nadar, mas sou sobrevivente de vários rios com correntezas, mares revoltos e tempestades, pois por vezes nadei com o apoio de uma boia ou salva vidas, mas dessa vez, na maior parte do tempo, só tinha a mim mesma e o meu filho de pelos Bartho que ali comigo estava, de manhã, a tarde e à noite, enroscado nos meus pés ao dormir, e ao levantar PRESENTE, pronto pra me acompanhar pra refeição que mais amo do dia: café da manhã pra começar o dia. 


Ao longo desse processo, houveram momentos que precisei me agarrar a galhos, me escorar em pedras que encontrava a margem do rio corrente que mal sabia onde iria me levar… Em tese, eu costumo andar, mas nesse caso estava nadando, e seguindo um “mapa mental” do qual me indicava que iria despencar, em queda livre, consequência de profundas e fortes questões emocionais Karmicas somadas a uma arrastada e “inevitável” solidão, somada a um senso de quase que de acertos de contas ao “não pertencimento” (não só da minha pessoa, mas tbm o que eu represento nessa vida, papo pra lá de metro…), além tbm da minha forte necessidade de me libertar, isso mesmo, de me libertar de td e de todos que eu permiti e que tentaram (vou usar o verbo no passado pq já estou no processo de liberação, indo ao encontro da libertação), digo tentaram, pq não me destruíram, e segue a lista: me oprimir; me castrar; me controlar; me frustrar na manobra da inversão dos papéis, ou seja, me fazendo acreditar que eu era a culpada ou a vilã da história, isso é uma manipulação muito mas muito perigosa gente, acaba com o nosso emocional; me rebaixar/expor para poder crescer na frente dos outros; me enganar (mentir); me usar para seu próprio interesse - isento da lei do dar e receber, ou seja de reconhecer por exemplo o meu trabalho (sem o bla bla bla que devemos fazer, fazer e fazer e não ver a quem ok? Pq passei minha vida toda nessa ai - doação total e na hora de receber algum “aplauso” X na minha testa. Bonito falar, mas quero ver vc praticar a doação continua, e ver por exemplo: o camarada pede ajuda pra vc, mas na hora de aplaudir eh ora outros nas redes sociais, pra alavancar eh pra outros… tipo “da um like pra um outro que ele nem conhece”, sendo que o camarada sabe que vc eh autônomo e que vc vive da “imagem”, ainda mais hoje em dia… fácil falar, desafiador pra quem tem cérebro e emoção profunda gerenciar); tentam me manipular (digo tentam pois a essa “variante” já estou bem vacinada e com uma boa cobertura de imunidade); dentre várias outras coisas a mais e amarras que estou no processo de me liberar e de me libertar. 


Ou seja, foi muito lixo que tive que carregar, e o pior, nadando!


Tudo isso vem trazendo o maior aprendizado da minha vida. 

Tive e ainda estou tendo que enfrentar meus maiores inimigos, e sabe quem são eles? Meus demônios internos - as auto sabotagens e quaisquer tentação de escapismos que eu geralmente fazia, por exemplo o “escapar literalmente”, ou seja, sair de cena, ir embora, me mudar pra outro lugar num sentido de fuga e não de literal migração ou mesmo imigração. Quantos relacionamentos com os quais terminei por conta de minhas questões emocionais ou “por conta do medo do novo, voltava pro relacionamento velho? Mas dessa vez tomei uma decisão, e sabe qual eh? De experimentar o sofrimento ou seja lá o que for, até o fim. Pq Qd eu ressurgir, me aguardem, ou eu vou daqui pro céu “literalmente”, ou será daqui pro céu voando, sim, e me manterei lá voando, voando e voando, pq liberdade e o mundo são meus primeiro nome e sobrenome, e pra eu chegar lá terei que aprender como fazer e ser, e aprender sim tbm com o bando de surdos que tanto me deparo ao longo de toda minha caminhada aqui na Terra…. Por que não? 

By Dric@